Como os treinamentos do Google estão apoiando jornalistas em todo o Brasil

A inteligência artificial tem se tornado uma aliada importante no jornalismo. Em um cenário de mudanças tecnológicas constantes, redações de todos os tamanhos enfrentam desafios parecidos: excesso de informações, necessidade de apuração em tempo real, produção para múltiplos formatos e equipes cada vez mais enxutas.
Sabemos que não há solução mágica para tudo isso — mas acreditamos que a IA pode ser uma ferramenta poderosa para apoiar o trabalho jornalístico. Por isso, nos últimos anos, o Google tem promovido uma série de treinamentos para jornalistas e profissionais de redações em todo o Brasil, com o objetivo de mostrar, na prática, como suas ferramentas podem contribuir para a apuração, a produção e a distribuição de notícias.
Treinamentos sob medida para o dia a dia das redações
Os treinamentos têm sido realizados em parceria com veículos de perfis variados — de grandes grupos de mídia a redações locais e nativas digitais — e conduzidos por especialistas do Google. Os encontros apresentam exemplos práticos, adaptados à realidade de quem lida com prazos apertados e precisa ser preciso e eficiente. Até agora, dezenas de redações participaram, e seguimos expandindo essa rede, contribuindo com a transição tecnológica do setor e fortalecendo o ecossistema de notícias no país.
Entre os veículos participantes estão Gazeta do Povo, RBS, Diários Associados, Correio da Bahia, Jornal do Commercio, ND+, O Povo, Diário do Nordeste, Portal Norte, UOL, Folha, Exame, Poder360, RedeTV, Jovem Pan e SBT — somando mais de 1.500 profissionais treinados em diferentes áreas.
IA como aliada da criatividade, produtividade e apuração
Durante os encontros, apresentamos ferramentas como Gemini, NotebookLM e AI Studio, com foco em aplicações práticas para o dia a dia das redações. O Gemini, por exemplo, pode atuar como um parceiro de produção: ajudar a organizar ideias, resumir informações, gerar insights a partir de e-mails e documentos e até interagir por voz e câmera. Já o AI Studio permite analisar diferentes tipos de arquivos — inclusive vídeos sem áudio — e gerar conteúdos multimídia com base em texto.
O NotebookLM, considerado por muitos jornalistas um das ferramentas mais úteis para a área consegue criar bibliotecas personalizadas de documentos e oferecer respostas e resumos baseados exclusivamente a partir dos arquivos adicionados pelo usuário, acelerando investigações, checagens e a organização de grandes volumes de informação.
Três exemplos práticos do uso da IA nas redações
1. Apuração mais rápida com vídeos longos
Com o Gemini, repórteres conseguem transcrever e resumir entrevistas e coletivas no YouTube, com marcações de tempo. Assim, é possível ir direto aos trechos mais relevantes, ganhando tempo e agilidade na apuração.
2. Organização de dados para reportagens investigativas
Redações que trabalham com investigações têm usado o NotebookLM para reunir documentos, planilhas e transcrições em uma única plataforma. A ferramenta ajuda a montar cronologias, checar dados e criar FAQs com base apenas no material interno.
3. Conteúdo multimídia a partir de arquivos brutos
Profissionais que produzem vídeos ou posts para redes sociais têm usado o AI Studio para transformar, por exemplo, PDFs ou anotações em roteiros e resumos prontos para publicação.
As ferramentas de inteligência artificial do Google ajudam os jornalistas a serem mais criativos, produtivos e eficientes. Mais do que apresentar soluções, os treinamentos promovem reflexões sobre o papel da IA no jornalismo, reforçando que ela não substitui o olhar humano, mas potencializa o trabalho das pessoas.
Ao automatizar tarefas repetitivas e organizar informações complexas, a IA libera tempo para o que realmente importa: apurar, interpretar e contar boas histórias. Essa é uma das formas pelas quais o Google reafirma seu compromisso com a inovação no jornalismo, investindo em capacitação para fortalecer um ecossistema de notícias mais diverso, sustentável e preparado para o futuro.