Como Google.org ajudou Gerando Falcões e Amigos do Bem no combate à fome na pandemia
Mais da metade da população brasileira (58,7%) convive com algum grau de insegurança alimentar, revela a pesquisa divulgada pela rede Penssan, em junho de 2022, com dados coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022. Em pouco mais de um ano, o número de brasileiros em situação de fome aumentou em 14 milhões.
"Nosso país passou e ainda passa por um período gravíssimo com as mortes decorrentes do coronavírus", pontua Ellen Pimentel, gerente de Expansão de Rede da ONG Gerando Falcões. Durante a pandemia, a ONG lançou a campanha "Corona no Paredão, Fome Não", com apoio do Google.org, instituição filantrópica do Google, para ajudar as comunidades mais vulneráveis.
"A população mais pobre foi muito impactada e a mobilização da população e dos doadores, em conjunto com a sensibilidade de empresas como a Google, foram essenciais para que centenas de milhares de famílias tivessem os efeitos da fome e a angústia da insegurança alimentar minimizados pela campanha", pontua a gerente.
Crédito: Divulgação/Gerando Falcões
A ONG Amigos do Bem também destaca a importância de atuar em um momento tão crítico. "A pandemia intensificou muito o sofrimento de milhares de famílias que moram em povoados distantes, aglomeradas em casas de barro de um único cômodo, sem alimentos, água e sem nenhum item de saúde e higiene", destaca Alcione Albanesi, presidente e fundadora da Amigos do Bem.
"A união da sociedade civil e de empresas, como o Google, foi fundamental para que, juntos, conseguíssemos diminuir o sofrimento de fome e miséria de milhares de pessoas", completa. "A distribuição de água também foi muito importante, porque, além de ser um recurso básico para a vida, durante a pandemia ela foi fundamental para reduzir o impacto da transmissão do vírus na região."
Crédito: Divulgação/Amigos do Bem
Como o Google.org apoiou as ONGs na pandemia
Para ajudar a amenizar o impacto da pandemia na vida de famílias em situação de vulnerabilidade social, em abril de 2021, o Google.org, instituição filantrópica do Google, doou R$ 5,5 milhões para a ONG Gerando Falcões e R$ 5,2 milhões para a ONG Amigos do Bem. Ambas têm presença ativa no combate à fome e à insegurança alimentar no Brasil.
A rede da Gerando Falcões usou o recurso para distribuir cestas básicas digitais em formato de cartões carregados mensalmente com R$ 150 ao longo de cinco meses. O cartão da campanha "Corona no Paredão, Fome Não" poderia ser usado para comprar alimentos, itens de limpeza e higiene pessoal.
A campanha impactou 7 mil famílias em 40 comunidades carentes das regiões Norte e Nordeste, contribuindo para trazer um pouco mais de dignidade e segurança alimentar a 35.000 pessoas durante a pandemia.
Já a ONG Amigos do Bem usou o recurso para distribuir 638,6 toneladas de alimentos, totalizando 42.575 cestas básicas levadas a 8,5 mil famílias durante cinco meses. Foi possível ajudar 140 povoados nos estados de Alagoas, Pernambuco e Ceará.
Em complemento às cestas básicas, a Amigos do Bem também distribuiu 3,8 milhões de litros de água potável durante um ano para 50 povoados afetados pela seca no sertão brasileiro.
Além deste fundo, desde o início de 2021, a Amigos do Bem utilizou mais de R$ 1,5 milhão em publicidade doada para anúncios na Busca do Google por meio do programa Ad Grants, que colabora para divulgar o trabalho de organizações sem fins lucrativos e atrair novos apoiadores e doadores.
Crédito: Divulgação/Gerando Falcões
Saiba como as famílias foram ajudadas
As cestas básicas digitais distribuídas pela Gerando Falcões, com apoio do Google.org, ajudaram a amenizar um pouco a situação de insegurança alimentar em várias partes do país.
Rayane Oliveira, moradora da Ilha do Ouro, em Porto da Folha, Sergipe, mora com o filho pequeno e o marido, que faz trabalhos temporários. Com a cesta básica em formato de cartão, ela conta que conseguiu comprar alimentos e fraldas. "(O cartão) foi muito bom, porque aqui não tem emprego."
Já Patrícia Feitosa, também moradora da Ilha do Ouro, trabalha como diarista. Na época em que foram beneficiados com a cesta básica digital, ela e o marido estavam desempregados. "Quando recebi o cartão foi um alívio, porque todos esses meses eu tinha o alimento certo para a minha filha e para nós."
As doações ajudaram a garantir o essencial a mais lares, como o de Aparecida Vieira, moradora de Aracaju. Ela vive com o marido, filhos e netos e trabalha vendendo salgados de maneira autônoma. Durante a pandemia, eles ficaram sem trabalho e a cesta básica digital foi importante: "Deu para colocar comida dentro de casa, como arroz, feijão e açúcar".
Também moradora de Aracaju, a cozinheira Maria Quitéria Lima mora com os três filhos. Ela conta que o cartão "ajudou a amenizar um pouco" a situação angustiante de insegurança alimentar agravada na pandemia. "Não passamos totalmente fome, foi um programa maravilhoso."