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Blog do Google Brasil

Criadora do programa Ela Pode e parceira do Google, Ana Fontes lista os principais desafios das brasileiras que querem empreender

Ana Fontes posa para foto, sorrindo
De blusa branca, Ana Fontes posa para foto.

Em sua opinião, quais são os principais desafios enfrentados pelas mulheres que querem empreender no Brasil?

Ana Fontes: Entre os desafios, o primeiro é acesso a capital, as mulheres têm menos acesso a recursos financeiros do que os homens. Capital no sentido mais amplo, ou seja, crédito, microcrédito, o fundo de investimento, anjo, o investidor e todas as modalidades de acesso a recurso financeiro. Esse é um dos desafios. O segundo desafio é definir claramente o tipo de negócio. Muitas vezes, as mulheres acabam criando negócios dentro da área de domínio delas, mas não necessariamente um negócio que vai atender às necessidades de um grande grupo de pessoas e com a chance melhor desse negócio dar certo e crescer. Esse é o segundo. E tem um terceiro item que é: faltam redes de apoio para as mulheres, não redes como a Rede Mulher Empreendedora, mas creches e serviços públicos que ajudem essas mulheres, principalmente aquelas que são mães, a ter uma condição melhor de tocar o negócio simultaneamente, ter tranquilidade para tocar o restante da vida. E o último ponto que eu colocaria também é o acesso a ambientes de inovação, ou seja, essas mulheres têm menos acesso a programas de aceleração e ambiente de inovação para acelerarem os negócios delas. Então isso também é um dos desafios enfrentados.

De preto, Ana fontes posa para foto

Quais são as principais habilidades que a mulher empreendedora deve desenvolver para conquistar um espaço no país?

Ana Fontes: Eu acho que o primeiro é buscar muito conhecimento, porque empreender não é como era antigamente, que as pessoas metiam as caras sem ter conhecimento nem nada. Em segundo lugar, é superimportante construir uma rede de relacionamento muito forte, ou seja, se conectar com pessoas de forma disciplinada e consistente. Um terceiro ponto é buscar um mentor. Um mentor é alguém que já passou pelo processo ou que já empreendeu há mais tempo, que pode ajudar principalmente naqueles momentos em que você tem mais dúvida. Um quarto ponto é desenvolver essa capacidade de ter um olhar multidisciplinar, porque a pessoa empreendedora não pode ter a capacidade técnica de uma área só. Tem que ter um olhar mais multidisciplinar. Então, essa é mais uma característica muito importante. O quinto ponto é cuidar muito bem da saúde mental, empreender é cheio de altos e baixos, especialmente para nós, mulheres. Então, desenvolver autoconhecimento é absolutamente fundamental. O último ponto, não menos importante, é, além de construir redes de relacionamento forte, você trabalhar as habilidades para apresentar o seu negócio, é o que a gente chama de pitch, pode chamar de negociação, ou seja, você trabalhar o seu conhecimento e a sua base sobre o seu negócio para que você consiga falar dele com mais tranquilidade.