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Blog do Google Brasil

Saúde mental para a disputa política

Mulheres do Vita Alere posam para foto.
Crédito: Carla Dias

O Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio é uma Organização da Sociedade Civil que busca proporcionar um ambiente de reflexão e fortalecimento sobre os impactos e implicações na saúde mental das candidatas durante o processo eleitoral, o protagonismo ao tema da saúde mental na ocupação do espaço político, e, acolhimento e trocas acerca das dores, angústias e as especificidades das candidatas mulheres, mulheres negras e mulheres LGBT+ diante à violência política vivenciada, possibilitando a efetividade das candidaturas femininas e o aumento da representatividade.

Segundo Karen Scavacini, psicóloga e diretora do instituto, os maiores desafios observados pelo Vita Alere são o tabu e o estigma que o tema saúde mental e violências ainda carregam. “Além do desconhecimento e informações equivocadas acerca dos temas, tanto pelas candidatas, como pela sociedade civil e aqui incluindo algumas instituições que poderiam ser parceiras”, afirmou Karen.

A diretora do instituto pontuou ainda a resistência de partidos políticos que poderiam contribuir na divulgação de projetos em prol da saúde mental de candidatos. Karen reforçou que um caminho que deverá ser percorrido é a desconstrução do estigma sobre os temas saúde mental e violências por meio de diálogo e propagação de informações.

“Fazemos pesquisas sobre o assunto (saúde mental), contactamos instituições para serem parceiras e candidatas, monitoramos as inscrições (do projeto), notícias sobre o assunto e estimulamos a participação. Oferecemos ajuda, grupos de apoio, lives e materiais complementares, aulas e reflexões sobre aspectos de saúde mental relacionados às candidaturas para as candidatas e suas equipes”, explicou Karen.

De acordo com a porta-voz do instituto, o Google.org abraçou a proposta do Vita Alere, apoiou o desenvolvimento e a execução do projeto e entendeu a dimensão e importância do aumento da representatividade feminina para efetivação de uma democracia.

Com isso, o instituto conseguiu seguir com projetos e efetivar ações. Karen contou que foram realizadas sete lives na primeira etapa do projeto com mulheres eleitas (vereadoras e vice-governadora) que falaram de sua experiência no processo eleitoral, com o intuito de promover um espaço de troca, protagonismo e visibilidade ao tema saúde “mental x mulheres x política”.

“Disponibilizamos oito encontros na realização de espaço formativo, isto é, uma jornada com as candidatas e equipe ministrada por professores para contribuir no fortalecimento e trazer elementos para pensar a ocupação desse espaço político por mulheres e a saúde mental. Além de grupos de apoio com psicólogas com intuito de promover acolhimento, escuta e possibilitar trocas acerca das particularidades vivenciadas, da manutenção da saúde mental no processo de candidatura, de lutas, resistências, uso saudável das redes sociais, rede de cuidado”, contou Karen sobre as ações do projeto do Instituto Vita Alere.

Banner Vita Alere com logo de apoio do Google.

Crédito: Divulgação/Vita Alere

A organização busca cada vez mais combater o tabu e estigma relacionados ao tema da saúde mental no processo eleitoral e garantir apoio a candidatas que mais sofrem no sistema político.

“É imprescindível pensar o lugar que essas candidaturas ocupam no processo eleitoral, bem como a forma com que são recebidas e os papéis que desempenham essas lideranças políticas em seus espaços de atuação para assegurar, finalmente, um processo democrático, de igualdade de gênero. Todos têm a ganhar”, finalizou Karen.