Como o apoio de uma rede de mulheres ajudou Alice Alem a se tornar gestora de projetos no Google
A história de hoje é sobre a Alice Alem, gestora de projetos do Google, apaixonada pelas relações humanas. Incentivadora dos esportes e das artes, ela conta que tem maior orgulho em dizer que a carreira na área de tecnologia foi construída pelo apoio e incentivo de outras talentosas mulheres.
Qual é o seu papel hoje no Google?
Hoje atuo no Google como program manager, no português eu traduziria como gestora de projetos. Resumidamente, eu atendo às demandas dos projetos para que os times envolvidos executem os trabalhos de forma alinhada. Não cabe a mim gerenciar pessoas, mas eu tenho a responsabilidade de influenciar e lidar com todas as funções de modo que os projetos saiam do papel. Basicamente, eu penso na estratégia de execução.
Conte-nos um pouco sobre você. Quem é a Alice?
Venho do interior de Minas Gerais. Minha mãe foi professora da rede estadual de ensino e sempre trabalhou muito para criar os dois filhos, então cresci entendendo a necessidade do meu papel em fazer as coisas acontecerem, se quer algo vai lá e faz. Por isso tudo que eu desejei para o meu crescimento, na busca por ser uma pessoa melhor, eu realizei, sempre com uma grande dose de sorte e de otimismo. Costumo dizer que a minha vida é uma mistura de oportunidades com uma grande vontade de fazer as coisas acontecerem.
Como ingressou na empresa?
Passei um tempo morando fora do Brasil e quando voltei me deparei, nas redes sociais, com o anúncio de uma vaga para uma função terceirizada no Google, participei do processo e fui selecionada. Minha entrada oficial aconteceu depois, quando exerci uma função mais de suporte aos times e, por fim, gestora de projetos, cargo em que atualmente lido com um portfólio variado de projetos. Acredito que ter tido a oportunidade de aperfeiçoar o inglês me ajudou com este processo. Desde então, tenho aprendido muito no Google. Na vida, o que mais gosto são as relações humanas e eu percebo que até no meu trabalho, acabo tendo mais interesse em entender que a complexidade de trabalhar está mais envolvida nas relações do que na arquitetura do software ou na integração com outros sistemas.
Quais são suas principais motivações para trabalhar na área de engenharia?
Eu me sinto muito mais produtiva trabalhando em times que têm outras mulheres. Acredito que o modelo de trabalho é mais colaborativo, dando mais espaço para oportunidades individuais. O incentivo para aprimorar os meus conhecimentos e me tornar uma gestora de projetos veio de mulheres. Eu tive uma líder que me influenciou muito no aspecto referente às relações humanas. Ela me mostrou como lidar com conflitos e tirar algo positivo, então tudo isso me impactou muito. Eu percebo que, ao observar outras mulheres, eu me torno uma pessoa e uma profissional muito melhor.