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Blog do Google Brasil

A busca pela empregabilidade trans continua

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A pauta da diversidade e inclusão vem, cada vez mais, ganhando espaço nas empresas. E não é para menos. Os dados que refletem a disparidade de gênero, raça e orientação sexual no ambiente corporativo ainda têm muito para evoluir até o ponto ideal da equidade. Tratando-se da população trans, o cenário não é diferente.

O Brasil todo tem aprendido muito com a inserção de pessoas trans nos espaços de mídia e cultura popular. O respeito aos pronomes e o direito de retificação de nome já são de conhecimento público e, apesar de ainda termos muito para melhorar, ao menos alguma evolução já é percebida.

No entanto, o mercado de trabalho não progrediu na mesma velocidade. Estima-se que 90% da população trans no Brasil tem o mercado informal como fonte de renda e única possibilidade de subsistência. São milhões de pessoas que vivem uma condição de vulnerabilidade extrema devido à falta de uma oportunidade de emprego.

Pensando nisso, o Google lançou uma série de iniciativas para o treinamento e a inserção de pessoas trans no mercado de trabalho.

Bolsas de estudos em cursos de tecnologia para jovens

Até 2026, vamos distribuir 500 mil bolsas de estudo para a formação de jovens em áreas de atuação altamente demandadas pelo mercado de trabalho, como Suporte de TI, Análise de Dados, Gerenciamento de Projetos e Design UX.

Em parceria com o CIEE, 2 mil bolsas serão destinadas a pessoas que se autodeclaram transexuais, com o objetivo de incentivar a inclusão social e no mercado de trabalho.

Os jovens que não estão estudando no momento também poderão aplicar para as vagas. O processo de inscrição e seleção ocorrerá através do CIEE ONE, e os escolhidos serão acompanhados por uma monitoria, que os auxiliará a concluir as certificações.

Todos os cursos foram criados pelo Google e hospedados na plataforma de educação da Coursera. São cerca de 800 horas de aulas, considerando as quatro titulações juntas, com certificação, visando o preparo dos estudantes para ingresso em postos de trabalho no campo em constante crescimento profissional da tecnologia.

Ballroom das profissões: Profissionais Excepcionais

Como parte dessas iniciativas, o Google também acaba de lançar uma campanha de comunicação que apresenta histórias de sucesso de profissionais trans de diferentes áreas. O vídeo, inspirado nas famosas ballrooms, espaços de acolhimento e performance onde pessoas trans podiam ser o que quisessem, é uma ode à cultura do voguing e suas diferentes vertentes e um convite para que as empresas sejam tão inclusivas quanto esses lugares.

Aletze (Pedagoga e Diretora de escola), Athos (Cientista Social) e Miguel (Chef de cozinha e gastrólogo) são os profissionais que aparecem no vídeo. Todos eles foram indicados pela Transempregos, que também nos apoiou na construção de conteúdos em nossas redes sociais voltados à empregabilidade trans.

A campanha foi iniciada em maio e terá continuidade em junho, com uma série de conteúdos para o perfil oficial do Google Brasil criados em parceria com diversos influenciadores - trans e cis - além de conteúdos cocriados com a Transcendemos, compartilhando dicas de trabalho inclusivo e como fazer um currículo, e dados sobre empregabilidade de pessoas trans e travestis no país.

video da campanha trans com vários profissionais trans
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Todos sabemos que ainda existe um longo caminho até que o mercado de trabalho se torne de fato inclusivo e equitativo. É primordial que iniciativas como essas sejam de fato recorrentes até que todo e qualquer espaço de trabalho seja um local onde as diferenças sejam não só respeitadas, mas incentivadas.

A busca pela empregabilidade trans continua.

Para mais informações sobre as melhores práticas de inclusão de pessoas trans nas empresas, assim como uma lista de perfis de profissionais trans, acesse o site da plataforma Transempregos.

  • profissional na frente da lousa
  • profissional com blusa branca e olhando para a camera
  • profissional sentado segurando uma xicara

*fonte: Associação Nacional de Travestis e Transexuais

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/01/emprego-formal-ainda-e-excecao-entre-pessoas-trans.shtml