Google for Startups anuncia programa para apoiar a formação de pessoas negras em carreiras de tecnologia
Nos últimos seis anos, o time do Google for Startups no Brasil esteve focado em acelerar de forma saudável o crescimento das startups. Com programas concentrados em desenvolvimento de tecnologia, negócios e liderança, o intuito final sempre foi apoiar um ecossistema de inovação que também fosse inclusivo, equitativo e que abraçasse a diversidade. Dentro dessa visão, hoje estou feliz em poder compartilhar a nossa mais nova iniciativa: o lançamento de um programa em parceria com o Instituto Vamo Que Vamo, que irá apoiar pessoas negras, enquanto elas se formam para exercer uma carreira relacionada a desenvolvimento de software, com uma ajuda de custo para facilitar a dedicação aos estudos.
Em uma pesquisa realizada em 2021 pelo Google for Startups em conjunto com a Kantar, avaliamos a percepção das startups quanto à evolução, nos últimos cinco anos, de algumas dimensões que compõem o ecossistema de tecnologia. O resultado, disponível no Relatório de Impacto que publicamos em 2021, indicou, no entanto, que alguns fatores não evoluíram como gostaríamos.
Essa avaliação foi transformada em um índice que, apesar de demonstrar um avanço significativo no setor de tecnologia nos últimos anos, tanto em questões de captação de investimentos quanto em inclusão, o ecossistema não é tão bem avaliado por empreendedores no que diz respeito à qualificação adequada dos talentos para carreiras na área. Isso, porém, não se trata de uma questão de ausência de talentos. O que vemos são evidências da falta de acesso a oportunidades de formação em carreiras de tecnologia.
Essa lacuna se agrava quando olhamos também para fatores de diversidade racial e de gênero, dimensões que, de acordo com a mesma pesquisa, também evoluíram pouco no ecossistema. Ainda vemos uma parcela pequena de mulheres e pessoas negras trabalhando com tecnologia.
Uma ação, várias frentes
O programa para a formação de desenvolvedores negros tem como objetivo ajudar a suprir uma carência do mercado por profissionais de tecnologia e oferecer oportunidades específicas para pessoas negras. Para isso, a ação dará suporte financeiro, durante todo o ano de curso, por meio de uma ajuda de custo para que os beneficiários possam se dedicar integralmente aos seus estudos. Além disso, os selecionados também contarão com apoio psicológico e treinamentos adicionais ao escopo padrão do instituto. Assim, eles vão aprender a trabalhar com as tecnologias do Google, além de serem conectados com nossa rede de startups.
Pensando em trabalhar ao mesmo tempo a questão racial e de gênero na formação para carreiras em tecnologia, trabalharemos para que o percentual de mulheres recebendo o aporte seja superior ao percentual de homens. A meta da iniciativa é formar 200 jovens nos próximos 12 meses para trabalharem em carreiras relacionadas a desenvolvimento de software.
O foco é que os resultados não demorem a surgir e que esses jovens consigam um novo emprego ainda mais rápido, para assim transformar suas vidas e as de suas famílias. Se olharmos somente para as startups que já passaram pelos nossos programas, conseguimos mapear pelo menos 500 vagas abertas e a nossa intenção é conectar os novos talentos formados com as startups da nossa rede.
Pensando na empregabilidade, o histórico de formação de profissionais do Instituto Vamo Que Vamo nos deixa esperançosos. Ele nos mostra que em até 90 dias após a formação completa, 92% dos estudantes já estavam empregados na área.
Seguimos aliados a uma vontade inspiradora de mudança e progresso, entusiasmados em ajudar a impulsionar as mudanças e em busca de um ecossistema com mais equidade e inclusão.
Para mais informações sobre o programa de apoio à formação de desenvolvedores negros, é só clicar aqui.