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Blog do Google Brasil

Google News Initiative

O trabalho da Google News Initiative por um jornalismo mais forte

Article's hero media

A indústria de notícias na América Latina enfrenta muitos dos desafios que vemos ao redor do mundo: necessidade de desenvolver novos modelos de sustentabilidade digital, enfrentar a proliferação de desinformação e usar novas tecnologias para elevar a qualidade de reportagens e narrativas.


Ao trazer o Google News Initiative para a América Latina, tivemos a oportunidade de fazer parceria com organizações de notícias por toda a região e ajudar a enfrentar esses desafios juntos. Apoiamos 1.190 organizações na América Latina com US$ 26 milhões. Esse financiamento ajudou programas, parcerias e ofereceu apoio direto por meio do nosso Fundo de Auxílio Emergencial ao Jornalismo.


Confira o Relatório de Impacto da GNI 2020 para América Latina e acesse a página do Relatório de Impacto GNI 2020 Global.

O trabalho da Google News Initiative por um jornalismo mais forte

Elevando o jornalismo de qualidade
À medida que as pessoas mudam a forma como acessam as notícias, apoiamos os veículos a fortalecer sua narrativa digital e a construir novas maneiras de alcançar seu público. Nos últimos dois anos, treinamos mais de 28.000 jornalistas em 23 países por meio de treinamentos presenciais e on-line. Em 2019, lançamos o GNI Live Trainings para profissionais de mídia que falam espanhol. O programa oferece sessões interativas ao vivo e on-line com instrutores que abordam uma ampla gama de ferramentas do Google para jornalistas, incluindo Trust and Verification, News Consumer Insights, Google Trends, Google Analytics, Data Visualization e outras. Além disso, mais de 40.000 jornalistas, estudantes e empresários de 20 países participaram do treinamento gratuito e baixaram materiais complementares do YouTube.


Ao longo desse período, descobrimos que veículos e empresas de imprensa enfrentam desafios e oportunidades semelhantes - os jornalistas querem usar novas ferramentas para economizar tempo e encontrar notícias, mas nem sempre têm tempo para participar de workshops. Esses profissionais estão cada vez mais dispostos a compartilhar ideias e trabalhar juntos para progredir, inclusive com empresas de tecnologia e outros veículos. Por exemplo, por meio de nosso investimento de US$ 6,5 milhões para ajudar a combater a desinformação relacionada à pandemia, os veículos da América Latina trabalharam para tornar os recursos de verificação de fatos acessíveis para todos e conectaram repórteres que cobrem a COVID-19 em todo o mundo.


No geral, trabalhamos com mais de 250 veículos, para juntos combater a desinformação. No Brasil, apoiamos o Comprova, que reúne 28 veículos de notícias para o combater a desinformação de forma colaborativa. Logo após o início da pandemia, reativamos a iniciativa na qual foram verificadas mais de 130 informações enganosas ou falsas que estavam se espalhando pela rede. Na Argentina, apoiamos o Reverso, uma coalizão que reuniu 130 veículos de 20 províncias para combater a desinformação e treinou mais de mil jornalistas em ferramentas e técnicas.


Na frente de Educação Midiática, lançamos alguns programas como o DigiMente, um projeto para alunos de toda a América Latina de língua espanhola, com foco no atendimento a comunidades carentes. No Brasil, contribuímos com US$ 1 milhão para o Instituto Palavra Aberta criar o EducaMídia, um programa de educação midiática que ajuda professores e alunos brasileiros a desenvolver habilidades para identificar informações enganosas; e como parte do nosso compromisso de educar as crianças sobre como identificar potenciais desinformações, lançamos na Argentina o jogo Verdadero / Falso junto com a UNICEF e Red/Acción.


Na área de Diversidade, Equidade e Inclusão, lançamos o curso “Perspectiva de Gênero nas Redações” com o Knight Center e a IWMF (Fundação Internacional de Mulheres no Jornalismo), para 450 editoras de 25 países. Apoiamos o curso “Mulheres, Poder e Mídia” da entidade Chicas Poderosas, voltado a 5.000 mulheres jornalistas na América Latina, e criamos a Metis, em parceria com a SembraMedia, oferecendo mentoria empresarial especializada para fundadoras de mídia independente digital na América Latina. Além disso, em parceria com a FOPEA, apoiamos a pesquisa "Mulheres no Jornalismo", que investigou a situação do trabalho e o papel profissional das jornalistas na Argentina e mostrou desigualdades substanciais com os jornalistas homens.

O trabalho da Google News Initiative por um jornalismo mais forte

US$ 10,3 milhões em ajuda durante a pandemia
No início de 2020, a indústria de notícias enfrentou desemprego, dispensas e cortes como resultado da desaceleração econômica causada pela COVID-19. O Fundo de Auxílio Emergencial ao Jornalismo foi criado para apoiar a continuidade do trabalho nas redações e a produção jornalística essencial em todo o mundo, levando fundos para pequenos e médios veículos neste momento crítico. Viabilizamos US$ 10,3 milhões em financiamento oferecido a mais de 1.000 redações na América Latina.
No Brasil, a empresa investiu R$ 17 milhões, divididos entre mais de 370 pequenos e médios veículos jornalísticos de todo o país. O fundo foi usado especialmente para fortalecer as redações e deixar mais robustas a cobertura da pandemia, seus impactos na sociedade e na economia das grandes e pequenas cidades do país. 


Apoio ao crescimento sustentável dos negócios
Acompanhando o crescimento do mercado jornalístico, criamos programas e recursos para enfrentar os desafios de negócios no centro dessa evolução. Na América Latina, lançamos programas baseados em grupos que chamamos de Laboratórios, focados em ajudar os veículos a criar modelos de assinatura e contribuição, aumentando o número de leitores e engajamento e crescendo em receita de publicidade. Recentemente, trabalhamos com especialistas do setor para compartilhar os aprendizados, as melhores práticas e percepções desses programas, com veículos de toda América Latina por meio do Programa de Crescimento Digital da GNI.


Trabalhamos com os veículos para desenvolver maneiras de aumentar suas receitas, bem como desenvolver tecnologias que possam apoiá-los nesse processo. Para conseguir isso, anunciamos o Laboratório de Assinaturas, que reúne veículos, especialistas e associações do setor de imprensa, ao longo de meses, com o objetivo de traçar planos para garantir sucesso a longo prazo, implantar estratégias que aprimorem o desempenho na jornada de assinatura e identificar experiências interessantes a curto prazo.


Na América Latina, 8 veículos participaram do laboratório, liderado por especialistas em dados e assinaturas do Mather Economics. O laboratório forneceu a cada um dos veículos auditorias personalizadas, relatórios de benchmarking e recomendações personalizadas. A Mather Economics também ajudou cada veículo a executar um teste de acesso e retenção.


Além do laboratório de assinatura, também lançamos o Laboratório de Contribuições, onde trabalhamos com 12 veículos, na América Latina e Canadá, ajudando a construir e aumentar a receita não recorrente dos leitores. O Laboratório também ofereceu aos veículos auditorias personalizadas sobre estratégias e táticas, bem como apoio à implantação de medidas.


Como parte do lançamento original do GNI, anunciamos o Assine com o Google, que torna mais fácil para os leitores se inscreverem e permanecerem logados, aproveitando ao máximo suas assinaturas.

  • No jornal Estado de Minas, a cobertura diária manteve a qualidade e o foco no interior do Estado foi ampliado. O apoio financeiro ajudou o jornal a manter equipe da redação e montar e treinar um time de freelancers para cuidar especificamente da cobertura do interior do Estado. “Conseguimos rapidamente criar uma capilaridade de repórteres em cidades importantes e estratégicas para noticiar o que se passa no interior do Estado, em cidades que geralmente não contam com veículos próprios de imprensa”, afirmou o executivo.
  • No jornal Folha de Pernambuco, a crise que veio com a pandemia poderia ter causado estragos maiores. O veículo decidiu investir em sua equipe e em tecnologia para aumentar sua audiência. “Logo que tivemos a notícia do apoio do programa do Google decidimos ampliar a equipe e os turnos da redação, possibilitando assim aumentar a cobertura dos assuntos relacionados a esta crise. Assim os acessos simultâneos cresceram e o tráfego no site aumentou em 30% neste período”, afirma Fagner Albuquerque, gerente de Marketing Digital do jornal. 
  • O portal O Eco, especializado em jornalismo ambiental, relata que a pandemia teve grande impacto no financiamento das operações, o que poderia ter comprometido a cobertura das questões ambientais, também afetadas neste período. O diretor executivo do portal, Paulo André Vieira, diz que o apoio do programa foi importante para manter a cobertura de todos os biomas brasileiros, com uma rede de colaboradores espalhados pelo país. “Com o fundo emergencial, nós fomos capazes de manter esta rede ativa e atenta para investigar as ameaças à conservação. Nossa cobertura tenta jogar luz sobre os desafios que a pandemia também traz para a conservação da natureza”, afirma.
O trabalho da Google News Initiative por um jornalismo mais forte

Receita com anúncios
O mercado de publicidade digital continua a evoluir rapidamente, o que pode representar desafios para os veículos de notícias - especialmente para os pequenos e médios - estejam preparados para otimizar a receita vinda do tráfego digital em diversas plataformas. Queremos ajudar os veículos a aumentar sua receita de anúncios digitais, dando suporte de treinamento e consultoria a projetos que permitam testar e dar escala a soluções de publicidade inovadoras.


Por meio do Laboratório de Publicidade, trabalhamos com 35 veículos, oferecendo recomendações comerciais sobre anúncios programáticos, treinamento para editores, auditorias técnicas e desempenho de páginas. Como efeito, os parceiros relataram aumento de 32% na receita (em comparação ao ano anterior) e alta de 11% na taxa de visualização de anúncios.


No Brasil, após um trabalho intenso e direto com o Estadão nas áreas de dados, anúncios e performance para ajudá-los em seu processo de transformação digital, a publicação notou aumento de 18% das suas assinaturas digitais na comparação ano a ano anterior, sendo o Assine com o Google responsável por 62% dos novos assinantes. Sua receita com mídia programática aumentou 135% e o tráfego oriundo de Busca Orgânica cresceu 75%. 


“Começamos nossa transformação digital em 2017 com o claro objetivo de entender as necessidades do leitor e atendê-las”, diz Luciana Cardoso, diretora de Digital no Estadão. “Os leitores estão cada vez mais exigentes, e para satisfazê-los precisamos usar inteligência de dados e tecnologia. O Google foi um parceiro fundamental nesse processo.”


Apoio às redações por meio da inovação
A inovação e a experimentação fazem parte do DNA do Google, e tentamos manter esse espírito enquanto trabalhamos com os veículos para enfrentar os desafios da indústria de notícias. Acreditamos que a inovação tecnológica pode criar novas oportunidades, e vimos isso refletido à medida que os veículos de imprensa nos ajudam a entender a sociedade por meio do jornalismo de dados e usar o aprendizado de máquina para transformar a maneira como as notícias são feitas e consumidas. Também estamos percebendo como apoiar redações por meio da tecnologia, resultando no lançamento do Journalist Studio que fornece aos repórteres ferramentas que os ajudem a fazer seu trabalho com mais eficiência.


Com base no trabalho do Digital News Innovation Fund na Europa, destacamos US$ 4,1 milhões para o Desafios da Inovação na América Latina, para o qual recebemos mais de 300 inscrições e financiamos 30 projetos em 10 países. Já para o YouTube, o Fundo de Inovação em Jornalismo do YouTube apoiou 12 veículos na Argentina, México e Brasil para reforçar as capacidades de usar vídeos online. Os resultados publicados podem ser encontrados aqui.


Além dos novos produtos criados, é incrível ver como oportunidades para novas ideias ajudam a estimular um novo pensamento e podem gerar uma poderosa colaboração entre os veículos. Por meio dos feedbacks recebidos dos participantes, vimos como o incentivo a uma cultura de inovação pode ajudar a quebrar as barreiras organizacionais nas redações para gerar mais criatividade.

Apoio às redações por meio da inovação

O que vem por aí 
Nós não temos todas as respostas, mas continuamos testando novas ideias com parceiros e veículos de todo o mundo. Às vezes, falhamos - e nesses momentos, estamos aprendendo mais sobre onde podemos aprimorar nosso trabalho para ter maior impacto nos próximos anos.
À medida que colaboramos com o setor da imprensa, estamos consolidando nossas percepções do trabalho que realizamos e encontrando maneiras de compartilhar esses aprendizados com veículos de todo o mundo. O Google News Initiative visa contribuir para a sustentabilidade a longo prazo dos parceiros de notícias em todo o mundo, além dos esforços no desenvolvimento de produtos principais, que continuam a evoluir e fornecer valor para organizações jornalísticas de qualidade de todos os tamanhos. Nosso anúncio mais recente nessa frente foi o lançamento do Destaques (Google News Showcase) com um investimento de US$ 1 bilhão para licenciar conteúdo de notícias de qualidade.
O mercado da imprensa passa por uma transição difícil. Mas este período de evolução apresenta oportunidades para repensar o papel que as notícias desempenham na vida das pessoas e como a indústria pode se desenvolver para acompanhar as necessidades de informação sob constante mudança. Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com os veículos e o mercado de notícias para ajudar a construir um futuro sólido para o jornalismo.